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Lula também voltou a fazer pouco de Neto ao lembrar, mais uma vez na campanha, do discurso no plenário da Câmara, em 2005, no auge do escândalo do mensalão, quando o deputado anunciou que daria "uma surra no presidente". "Ele disse que queria me bater, mas eu jamais ia brigar com ele porque, se eu batesse, seria uma vergonha, e se eu apanhasse, seria uma vergonha e meia."
Os ataques do ex-presidente chegaram ao prefeito João Henrique - que integra um partido da base do governo federal, o PP. "Não é nossa responsabilidade se o atual prefeito é um fracassado e não fez as coisas que prometeu", alegou. "Depois de um prefeito que não fez o que prometeu, a gente não vota no pior, a gente vota no melhor. Nós temos história. É só ir a qualquer cidade que o PT governou que a gente vai perceber que o PT governou melhor do que eles (DEM)."
Ao fim do curto discurso, Lula lembrou que completa 67 anos no sábado - disse estar "parecendo um menino de 30" - e pediu, "do fundo do coração", votos para Pelegrino como "presente". "Porque eu não acredito que tenha alguém que ame mais o povo brasileiro do que eu, que tenha alguém que trate o pobre com mais respeito do que eu", argumentou. "Então, em nome dessa relação, em nome dessa lealdade entre nós, que queria pedir de presente para o povo de Salvador, a eleição de Pelegrino."
O discurso foi encerrado com um "Parabéns para Você" das cerca de 1,5 mil pessoas presentes no evento, puxado pelo governador Jaques Wagner (PT).