O debate sobre transporte público em São Paulo voltou à cena nestes últimas dias de campanha após o candidato do PSDB, José Serra, lançar na última quarta-feira a proposta de ampliar os benefícios do Bilhete Único. A ideia do tucano foi chamada nessa quinta-feira pelo adversário Fernando Haddad (PT) de “uma cópia malfeita” do seu projeto de criar o Bilhete Único Mensal. Já Serra diz que o petista tem “inveja” de seu plano.
Já no projeto petista, que está em seu plano de governo lançado em 13 de agosto, o paulistano pagaria R$ 140 por mês para viajar quantas vezes quisesse de ônibus. O custo seria de R$ 400 milhões anuais.
“É um remendo da minha proposta, que é muito mais generosa porque (o bilhete) é mensal ou semanal”, afirmou Haddad. “É típico de quem não planejou a campanha”, disse o candidato.
O tucano afirma que a duplicação do tempo do Bilhete Único foi um plano elaborado por ele próprio. “Eu não tirei (a ideia) da manga, eu tirei da minha cabeça”, disse, ressaltando que só a lançou poucos dias antes das eleições porque levou muito tempo para consolidá-la.
Estratégia
A campanha de Serra prepara uma força-tarefa para reforçar a divulgação da proposta de ampliação do Bilhete Único. Os tucanos já começaram a apresentar o projeto na TV e vão imprimir milhares de panfletos que serão distribuídos. A equipe do PSDB também incluiu o tema em sua campanha de telemarketing, que vai disparar 1 milhão de panfletos até domingo.
O PSDB pretende manter o debate sobre as parcerias entre entidades privadas e a rede de saúde. Cabos eleitorais da campanha tucana passaram a entregar, nas portas de hospitais e de unidades de Atendimento Médico Ambulatorial (AMA), panfletos que acusam o PT de querer encerrar os contratos com organizações sociais.