Jornal Estado de Minas

CPI do Cachoeira recebe dados bancários e fiscais de Carlos Leréia

Os integrantes da CPI do Cachoeira estão analisando os dados resultantes da quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico do deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO). A autorização para que a CPI tenha acesso aos dados partiu do próprio Leréia, durante depoimento à comissão no dia 9 de outubro passado.
As informações bancárias que já chegaram à CPI são da Cooperativa de Crédito de Livre Admissão das Micro Regiões de Goiânia e Adjacentes. Também chegaram informações fiscais do deputado, enviadas pela Subsecretaria de Fiscalização do Ministério da Fazenda.

Durante o depoimento à CPI, Leréia admitiu a troca de favores com o principal investigado pela comissão, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal na operação Monte Carlo. O deputado disse porém disse que a prática é comum entre amigos. Leréia também negou ter recebido dinheiro da organização investigada ou ter avisado ao amigo sobre uma operação policial que seria deflagrada.

Em julho, uma comissão de sindicância da Corregedoria Parlamentar da Câmara dos Deputados recomendou a abertura de processo por quebra de decoro contra Leréia. A decisão sobre a continuidade do processo caberá à Mesa da Câmara.

Em entrevista recente à Agência Câmara, o presidente da casa, deputado Marco Maia, afirmou que aguardará o resultado da CPI para dar encaminhamento ao caso. O encerramento da CPI estava previsto para 4 de novembro, mas já há a decisão de prorrogar os trabalhos. O prazo de prorrogação será definido em reunião na próxima semana.

Com Agência Senado