Agora, o indicador que revela o poderio dos peemedebistas nesses grandes centros pode até cair pela metade. Nos 83 municípios que atualmente têm mais de 200 mil eleitores, o partido deve comandar entre 13% e 15% do eleitorado, segundo indicam as últimas pesquisas.
Depois do Rio de Janeiro, o segundo maior município do País, com 4,7 milhões de eleitores, a cidade mais importante conquistada pelo PMDB no 1.º turno foi Aparecida de Goiânia (GO). O partido ainda pode vencer em Nova Iguaçu (RJ) e Sorocaba (SP), com 525 mil e 384 mil eleitores, respectivamente. Nenhuma dessas cidades porém, pode ser considerada um polo político de importância nacional.
Sozinho, o município do Rio de Janeiro concentra quase 65% do eleitorado total que os peemedebistas podem chegar a governar no clube do 2.º turno. Nem o PT, com a eventual vitória em São Paulo, terá o eleitorado a governar tão concentrado em uma única cidade.
Outro indicador que revela o recuo peemedebista é o número de prefeitos nos municípios com mais de 200 mil eleitores. Em 2008, o partido elegeu 17 e, em 2012, o mais provável é que se limitem a 9.
Quem cresce
O encolhimento do PMDB nos grandes centros coincide com o avanço do PT e do PSB. Os petistas, se vencerem em São Paulo, tomarão o lugar do PMDB no topo do ranking do eleitorado a comandar nos 83 maiores municípios. Nas eleições de 2008, o partido elegeu prefeitos que passaram a governar 17% do eleitorado das grandes cidades. Esse contingente pode até dobrar em 2012.
As cidades onde o PT já venceu e onde seus candidatos são líderes isolados têm 29% do eleitorado do País. Se o partido vencer também onde seus representantes estão empatados tecnicamente na liderança, a fatia a governar nos grandes centros poderá chegar a 35%.
São Paulo é a principal responsável pelo possível salto petista. Sozinha, a cidade concentra 17% dos eleitores do clube do 2.º turno. Se perderem a capital paulista para o PSDB, os petistas ficarão praticamente empatados com os peemedebistas no ranking do eleitorado a governar, atrás dos tucanos.
Mas as chances de uma virada em São Paulo são remotas, segundo as pesquisas. Com isso, o PSDB tende a reduzir levemente sua fatia do eleitorado a governar nos grandes municípios. Em 2008, o índice foi de 13%, e agora pode chegar a 12%.
Assim como o PT, o PSB tem chances concretas de dobrar sua participação no comando do eleitorado das grandes cidades, de 6% para 12%. E pode até chegar a 15% se vencer em Fortaleza, onde as pesquisas indicam um empate entre Roberto Cláudio (PSB) e Elmano de Freitas (PT).