Houve bate-boca, seguido de empurra-empurra entre os grupos. A entrada da faculdade acabou sendo bloqueada pelos manifestantes, o que impediu o acesso dos eleitores ao local. Equipes de choque da PM foram acionadas para fazer um corredor de proteção aos que queriam entrar na zona eleitoral.
Mesmo com a presença ostensiva da polícia, as provocações continuaram, com gritos de guerra e palavras de ordem. Do lado dos partidários de ACM Neto, os militantes gritavam "Mensaleiro, mensaleiro, mensaleiro" contra os petistas, que respondiam cantando "um, dois, três, ACM no xadrez".
A chegada de Neto causou nova agitação no local. Acompanhado das duas filhas, Livia e Marcela, da candidata a vice, Célia Sacramento (PV), e de lideranças locais e nacionais do DEM - como o presidente estadual do partido, José Carlos Aleluia, e o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) - e de partidos aliados no Estado, como os líderes do PMDB na Bahia, os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima, Neto foi recebido com gritos de "já ganhou" pela maior parte dos eleitores, enquanto os petistas vaiavam. Na região onde fica a faculdade, o democrata venceu com folga no primeiro turno.
Depois de votar, Neto reclamou da confusão. "O que o PT fez hoje aqui, na minha zona de votação, é o maior sinal de desespero do lado de lá", disse, referindo-se à pesquisa Ibope, divulgada na noite de ontem, que lhe deu vantagem de 10% dos votos válidos. "Vocês certamente acompanharam a votação do candidato Nelson Pelegrino e perceberam que ele pode votar em paz. Nós não fazemos esse tipo de intimidação. O PT fez, aqui, a campanha mais agressiva do Brasil, desde o primeiro dia, e em vez de terminar a campanha em festa, comemorando, encerram com ataques e ameaças."