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Mensalão não consegue derrubar eleição de Haddad em São PauloMensalão demonstra falta de força nas urnasEx-ministro dos Transportes diz que denúncia do mensalão teve viés políticoSTF "engasga" na reta final e adia fim do julgamento do mensalãoBritto acredita que julgamento do mensalão acabe antes de se aposentarAyres Britto diz que redução de pena de Marcos Valério é "viável"Senador tucano diz que Congresso está cheio de ladrõesAyres Britto diz que não recebeu pedido para reter passaportes de réus do mensalãoMensalão prejudicou PT nas eleições, diz presidente da CâmaraJulgamento do mensalão completa três meses sem data para acabarPenas dos condenados no mensalão podem sofrer redução ao final do julgamentoOs ministros não se entendem, por exemplo, sobre os critérios de aumento de pena para os crimes cometidos - entre eles a continuidade delitiva, quando um crime dá origem a outros da mesma espécie. Enquanto uma corrente defende a majoração no limite máximo permitido por lei - dois terços da pena original - nos casos em que houve dezenas de atos criminosos, outro grupo defende aumento de um terço para evitar que a pena seja muito alta.
Nessas situações, o decano da Corte, ministro Celso de Mello, sempre interfere lembrando que o STF precisa ter penas mais previsíveis, inclusive para servir de parâmetro aos juízes de primeira instância. Os ministros, no entanto, não têm chegado a consenso até agora.
Um exemplo das limitações das penas fixadas com antecedência é o caso do ex-ministro Cezar Peluso. Ele se aposentou logo no início do julgamento do mensalão, deixando por escrito somente parte das condenações. Seu voto frequentemente é esquecido pelos colegas por não se encaixar em nenhuma corrente majoritária, e o voto acaba isolado, sem possibilidade de ser alterado. É esse tipo de situação que Ayres Britto quer evitar.