O Ministério Público Eleitoral de Taubaté (SP) pediu domingo, logo após o final do segundo turno da eleição municipal, a impugnação dos votos do candidato eleito Ortiz Júnior (PSDB). Ele é um dos investigados por suspeita de corrupção na Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), do governo estadual. Seu pai, o presidente afastado da FDE e ex-prefeito de Taubaté, José Bernardo Ortiz, também faz parte da investigação sobre supostos abusos de poder econômico e político.
O promotor público Antonio Carlos Ozório Nunes, que entrou com o pedido de impugnação dos votos, afirma que a petição ajuizada às 17 horas de domingo, se for julgada no tempo em que sugere a lei em torno de 40 dias, a cidade pode passar por um novo processo eleitoral para a escolha de prefeito, excluindo do pleito os envolvidos na suposta fraude. O promotor, entretanto, alerta que processos como esse, que envolvem muitos interesses e recursos na Justiça, pode se arrastar por um prazo indefinido.
Nunes está evitando falar com a imprensa. "É uma verdadeira máfia que se instalou na FDE. Não que tenha medo, estou sendo cauteloso", justifica. Segundo ele, o pedido para a Justiça analisar as denúncias foi feito somente depois da votação para evitar prejuízos à disputa e que o caso fosse explorado pelo oponente de Ortiz Júnior, o petista Isaac do Carmo. Procurado para comentar o caso, o candidato Ortiz Júnior informou, por meio de sua assessoria, que ainda não foi notificado pela Justiça, por este motivo não teria o que falar.