Após classificar Fernando Haddad (PT) como um “péssimo” ministro para São Paulo durante a campanha de apoio a José Serra (PSDB), o prefeito Gilberto Kassab (PSD) mudou de tom e prometeu nessa segunda-feira apoiar e fazer uma transição afinada. “Vamos trabalhar a quatro mãos, eu e o prefeito eleito Haddad”, disse. “Tudo o que vier demandado por ele será por nós encaminhado, porque afinal de contas ele tem legitimidade”, completou.
Os secretários de governo, Nelson Herzey, e de Planejamento, Rubens Chammas, farão a transição. O processo, segundo, Kassab, não vai incluir a exigência de cargos na futura gestão. “Se ele quiser convidar quadros do partido, acho que não terá nenhum problema, mas o partido não tem por que oferecer, pedir. Vamos contribuir independente de qualquer coisa.” O prefeito promete deixar cerca de R$ 5,5 bilhões em caixa - a maior parte já está comprometida em obras.
Câmara
O prefeito deu sinal verde nesta segunda para que os vereadores de seu partido formem a base do petista na Câmara. São sete parlamentares que, na teoria, podem definir a votação de projetos relevantes, como a aprovação de novas regras de zoneamento. Kassab disse que já conversou com os parlamentares a respeito. “Eu percebi claramente uma disposição deles de ter uma posição igual à nossa, que é de contribuir, de apoiar, de fazer com que a cidade possa ter na gestão do Haddad bons resultados”, disse.