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Candidatos de Divinópolis prometem campanha sem poluiçãoApós reajuste para vereadores em BH, parlamentares de Divinópolis pedem aumento Prefeito de Divinópolis exonera 164 funcionários de cargos comissionados Comissão rejeita proposta que tornaria voto facultativoMinistério Público recomenda demissão de servidores não concursados em DivinópolisSegundo dados da Associação Mineira dos Municípios (AMM), pelo menos um terço das cidades do estado estão com dificuldades de entregar a prefeitura com todas as contas em dia, ou seja, sem atraso nos salários dos servidores e no pagamento dos fornecedores. Em Divinópolis, a expectativa é de que, com as medidas adotadas, sejam economizados pelo menos R$ 12 milhões até dezembro. Os pontos facultativos, segundo o procurador-geral do Município, Kelsen Rios, garantem pelo menos R$ 750 mil desse montante. “Essa é mais uma medida para redução de despesa. Quando há ponto facultativo, grande parte dos 5 mil servidores deixa de receber auxilio-alimentação, vale-transporte, além das despesas com água, telefonia, combustível, entre outros”, diz.
A folga de hoje coincide com a exoneração oficial dos 220 servidores comissionados. A medida, divulgada no dia 24, foi oficializada ontem, com a publicação do Decreto 10.863. Pelo menos 30% dos funcionários exonerados ficarão desempregados, enquanto o restante será reconduzido aos cargos de origem, com salário reduzido.
Dupla função
Kelsen Rios explica que até dezembro uma equipe mínima de transição será mantida. O decreto que vai nomear esses servidores seria publicado ontem, no entanto, foi necessário fazer uma alteração no documento, que será divulgado hoje. Pelo menos 35 pessoas serão nomeadas e seis assumirão mais de uma função, sem receber salário adicional para isso. “Vamos manter a área da saúde, educação, serviço de luto e limpeza pública normais, mas é claro que esses cortes influenciarão muito no funcionamento da administração.”
Em janeiro, uma nova reunião será realizada na cidade e uma nova equipe tomará posse. Até lá, a prefeitura funcionará “a passos de tartaruga”. Apesar disso, Rios ressalta que a população não sofrerá os efeitos da medida. “Essa decisão poderá ser revista naqueles pontos em que a população possa se sentir prejudicada”, finaliza.