O debate sobre renovação partidária no PSDB, que surgiu na esteira de sua derrota na disputa pela Prefeitura de São Paulo, está longe de ser ponto pacífico no partido e se baseia, principalmente, na emancipação de novos representantes de antigas dinastias políticas.
A discussão deixa evidente a divisão no PSDB entre os que querem o enfraquecimento do eixo paulista e o surgimento de uma nova hegemonia de poder, com maior participação do Norte e Nordeste, onde o presidenciável Aécio Neves (MG) costura parte do seu prestígio interno.
No último domingo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi o primeiro a defender renovação: "O momento é de mudança de gerações. Isso não quer dizer que os antigos líderes vão desaparecer. Eles têm apenas que empurrar os novos para a frente". Aécio também falou em espaço para a nova geração como forma de "fortalecer o PSDB". Serra não gostou das declarações que relacionavam a derrota à questão geracional. Procurou tucanos para dizer que a tese da renovação era "pauta petista".