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Serra e Haddad trocam críticas sobre atuação em ministériosPepe Vargas diz que não há divergências entre ministérios em torno do Código FlorestalOrçamento de 2013 prevê alta de 8,9%, diz MiriamReceitas brutas no Orçamento de 2013 da União terão mais R$ 23,8 bilhões, diz relatorGoverno federal manobra o PAC para cumprir meta fiscalO baixo valor gasto com a área da cultura, recentemente assumida pela petista Marta Suplicy no lugar de Ana de Holanda, tem uma boa justificativa para tamanha diferença entre o que foi colocado no papel e o que foi revertido em investimentos até agora. Apesar de a equipe econômica ter garantido que os contingenciamentos feitos com objetivo de garantir o cumprimento do superávit primário em 2012 não iriam afetar os investimentos do governo federal em nenhum setor, o Ministério da Cultura teve 77% do orçamento tesourado com os cortes e o total investido ficou abaixo de 40%.
O orçamento do Ministério do Esporte é outro que deixa claras as dificuldades com a falta de verbas para garantir um resultado positivo na balança financeira do país. Mesmo em ano de Olimpíadas e a menos de quatro anos para receber o maior evento esportivo internacional, a pasta entrou o ano com uma receita de R$ 2,7 bilhões para investimentos, mas ficou bem aquém do previsto e executou somente 22% desse valor. No entanto, segundo informou a equipe técnica do ministério, os gastos que somam R$ 699 milhões seguem à risca os limites definidos após o contingencimento determinado pelo Poder Executivo.
Para o presidente da Comissão Mista de Orçamento Público, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), a execução deste ano segue um padrão do país nas últimas décadas, com muitas reservas programadas para os últimos meses do ano e mais empenhos no último trimestre. “A maior parte dos gastos está normalmente ocorrendo no final do ano. Talvez pelas exigências para a liberação de recursos e porque muitas administrações municipais e estaduais levam mais tempo para fazer. Primeiro é preciso fazer o projeto, coordenar a licitação, para depois conseguir o empenho. É preciso que as prefeituras e estados analisem os projetos junto dos ministérios e bancos de investimento. O andamento acaba não sendo rápido”, explica o parlamentar.
Mais ricas Já entre as pastas com os maiores orçamentos estão aquelas que tiveram as melhores execuções orçamentárias. As áreas da saúde e educação chegam ao último bimestre do ano com gastos superiores a 60% do valor previsto. Mesmo com o corte mais alto entre todas as pastas, de R$ 5,4 bilhões, determinado pelo decreto do Planalto, a saúde gastou 61,6% do total planejado – estão previstos até o final do ano R$ 93,3 bilhões e já foram gastos R$ 61,6 bilhões – ficando pouco atrás do Ministério da Educação, com 69% – executou R$ 64 bilhões. Segundo o Ministério do Planejamento, os recursos reservados para investimentos que não forem gastos até o final do ano retornam automaticamente aos cofres da União, mas até agora não existem estimativas sobre quanto deixará de ser investido.
Sobre a baixa execução orçamentária do Planejamento – executou apenas R$ 3,3 bilhões do total de R$ 15,2 bilhões autorizados na LOA –, a equipe técnica informou que a pasta acumula recursos a serem utilizados por outros ministérios caso sejam necessários, em razão de convocação de novos servidores em concursos ainda não empossados. E que o órgão atua como uma “pasta meio”, com orçamento anual voltado para os gastos obrigatórios.
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Lei Orçamentária
O projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) traz as prioridades e metas que deverão ser atingidas em cada ano, regulamentando todas as ações do governo federal e as despesas programadas para os ministérios e órgãos estatais. No Congresso, o texto enviado pelo Planalto é discutido na Comissão Mista de Orçamento. Depois de feitas modificações por meio de emendas, o projeto é votado e segue para sanção presidencial. No entanto, ao longo do ano podem ser feitas revisões nos valores previstos, por meio dos contingenciamentos – retardamentos ou cortes determinados pelo governo federal – que são oficializados nos decretos. A realização das despesas públicas previstas é atualizada quase diariamente e pode ser acompanhada por qualquer cidadão no portal Siga Brasil, disponível no site do Senado (Senado.gov.br).