A entrada da Vale torna ainda mais complexa a relação de interesses em torno da preservação da Serra Casa de Pedra. A proposta original do projeto delimita a área a ser explorada na Serra, principalmente no Morro do Engenho. A área é fundamental para um investimento de R$ 11 bilhões que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) planeja em Congonhas. De acordo com relatório do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o morro tem 29 captações de água, que são responsáveis por metade do abastecimento de Congonhas.
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Cenário dos profetas vence a primeira batalha em Congonhas Justiça impede que CSN transfira reserva ambiental em Congonhas para áreas vizinhasAmeaça aos profetas de Congonhas será votada nesta terça-feiraVereadores de Congonhas devem adiar votação do projeto que tomba o Morro do EngenhoMegainvestimento de R$ 11 bilhões está em xeque em CongonhasPromotores confirmam agressão de empresa a patrimônio histórico de CongonhasO terreno da Vale contemplada pela emenda é conhecido como área da Bandeira e fica na divisa com o terreno da CSN. O local é rico em minério de ferro e também em nascentes de água. É localizado próximo ao Parque da Cachoeira, área de lazer da comunidade. De acordo com a Vale, em nota enviada pela assessoria de impressa, informou que “está buscando, a partir do diálogo aberto com a Câmara Municipal, meios para conciliar a preservação proposta para a área, em harmonia com suas propriedades e operações na região”.
De acordo com o vereador Coelho, vice-presidente da Câmara, os parlamentares farão uma visita ao local na segunda quinzena deste mês para avaliar o que ocorre no terreno e só depois será marcada a data do segundo turno da votação. Coelho afirma que na área já acontece exploração mineral. O vereador Eládio reforça que a Vale já tem licença para a ampliação da exploração mineral. Diz que ele e seus colegas parlamentares vão verificar na visita se as nascentes estão protegidas.
Caso a votação em segundo turno não aconteça neste ano a maioria dos novos vereadores deverá se inteirar do assunto para apreciar o tema. Apenas quatro dos nove vereadores foram reeleitos. Além de Eládio, o presidente da casa, Eduardo Matosinhos (PR), Rodolfo Gonzaga (PT) e Advar Barbosa (PSDB). A partir do ano que vem a Câmara terá 13 vereadores. Ou seja, serão nove novatos.