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Gestão da segurança pública em SP é 'piada', diz HaddadTrânsito e segurança pública são desafios para novo prefeito, acreditam paulistanosPorto Alegre terá 500 policiais militares nas ruas para garantir segurança nas eleiçõesPM do Rio mobiliza mais de 30 mil homens para garantir segurança durante eleiçõesMinistro diz que falta de gestão é um dos principais problemas da segurança públicaComissão do Senado discute marco legal para contratos entre governos e ONGsDilma investiu R$ 1,6 bi a menos em segurança públicaCom base nos dados computados no ano passado, o número de homicídios dolosos caiu 3,7% no Estado de São Paulo, passando de 4.321 em 2010 para 4.194 em 2011, o que representou uma queda de 10,5 para 10,1 assassinatos por grupo de 100 mil habitantes, a taxa mais baixa entre os Estados que emitem dados considerados de alta qualidade pela ONG. Entre esses estados, Alagoas é o que apresentou as taxas mais altas de homicídios por grupo de 100 mil habitantes, com 74,5, seguido por Espírito Santo (44,8), Paraíba (43,1) e Pernambuco (36,7).
Não foi computado o número total de homicídios no País. De acordo com a assessoria de imprensa da ONG, nem todos os estados forneceram dados confiáveis sobre a segurança pública e por isso não foi possível traçar um quadro nacional de homicídios.
Integração
A secretária executiva do FBSP, Samira Bueno, ressalta que, apesar de a prerrogativa da segurança ser do Estado, tanto municípios quanto a União precisam participar do processo. "É muito comum ouvir o discurso de que segurança pública é questão da polícia. Mas a questão é trabalhar de forma mais integrada entre todos os entes que participam da segurança pública. União pode entrar com inteligência e os municípios, com projetos de prevenção à violência, sistemas de câmeras, conselhos comunitários de segurança", explica.
No caso específico de São Paulo, que enfrenta uma escalada da violência, Samira defende que o governo federal ajude o estado com inteligência e não apenas com o envio de recursos. "Tem de trabalhar de forma integrada desde sempre, não apenas agora, na crise. Assim se resolvem mais crimes interestaduais, já que o crime organizado não respeita fronteiras", afirmou.
Com relação ao repasse de verbas, ela não acredita que seja necessária ajuda financeira da União. "São Paulo já tem o maior orçamento de segurança pública do País e está aumentando, não é o caso de colocar mais dinheiro. É uma questão de gestão. Não é gastar mais, é gastar melhor", avalia.
Tendência
Samira ressalta que, nas últimas décadas, houve uma tendência de aumento no investimento dos estados na segurança pública. "Isso é uma tendência nacional. Desde 1988 há esse aumento. Isso quer dizer que o combate à violência tornou-se prioritário para os estados", analisou.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública é uma organização não-governamental que tem como principais atribuições a promoção do intercâmbio, a cooperação técnica para o aprimoramento da atividade policial, a gestão da segurança pública no Brasil, a manutenção de canais permanentes para o diálogo e a ação conjunta entre seus associados, filiados e parceiros.