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Estado de Minas

Marco Aurélio para Barbosa: "Não suponha que todos nesse tribunal sejam salafrários"

Após 14 dias de suspensão das sessões que estebelecem a dosimetria das penas dos condenados no mensalão, ministros retomam trabalhos com discussão no plenário


postado em 07/11/2012 15:20 / atualizado em 07/11/2012 14:37

O Supremo Tribunal Federal (STF) mal retomou os trabalhos de dosimetria dos condenados na Ação 470 - o mensalão -, e os ministros Marco Aurélio Mello e o relator da ação, Joaquim Barbosa, protagonizaram uma discussão. O clima ficou quente no plenário, nesta quarta-feira, após o presidente da Corte, ministro Ayres Britto, sugerir a Marco Aurélio que ele e a ministra Cármen Lúcia votassem após o intervalo da sessão de hoje sobre a pena para Ramon Hollerbach em relação ao crime de lavagem de dinheiro. Durante a discussão Mello chegou a dizer que Barbosa considera que todos que não votam com ele são “salafrários”. “Não suponha que todos nesse tribunal sejam salafrários e só Vossa Excelência seja vestal”, atacou o ministro.

O desentendimento entre os magistrados começou quando o ministro Marco Aurélio estava tecendo críticas ao sistema de votação da corte, principalmente, na última sessão em que ele e a ministra Cármen Lúcia não estavam presentes. Neste momento, Barbosa interrompeu o colega que reagiu. “Vossa Excelência cuide das palavras quando eu estiver votando”, disse. Na seqüência, o ministro relator ameaçou retrucar mas foi novamente indagado. “Não sorria porque que a coisa é muito séria, O deboche não lhe calha (...) Vossa Excelência escute para depois retrucar”, repreendeu Mello, que foi seguido pelo pedido de Joaquim Barbosa para que a discussão sobre as penas fosse retomada. “Vamos dar prosseguimento ao julgamento, que é isso que a nação espera de nós”.

Retomada dos trabalhos

O julgamento foi retomando nesta quarta-feira após um período de 14 dias de interrupção por conta de uma viagem do relator, Joaquim Barbosa, para a Alemanha – onde passou por tratamento médico – e do Encontro Nacional do Judiciário, realizado entre segunda-feira e ontem, em Aracaju. Na semana retrasada, em três sessões os ministros conseguiram concluir a dosimetria apenas do empresário Marcos Valério, condenado a mais de 40 anos de cadeia.


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