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Novo presidente quer transformar Ibama em órgão de excelência Ibama suspende licença de ferrovia construída pela ValecRebelo culpa Ibama pelo aumento do desmatamento na AmazôniaJustiça condena Ziraldo por improbidade administrativaEm 2010, "diante da gravidade das denúncias", o MPF recomendou ao Ibama que instaurasse procedimento administrativo para apuração das responsabilidades da ex-superintendente em irregularidades que teriam beneficiado pelo menos cinco empresas. Na época foi recomendado o afastamento de Analice Pereira, o que não aconteceu. Ela só deixou o cargo, a pedido, em agosto de 2011.
"É de causar estranheza que, após a configuração de atos de improbidade administrativa, por meio dos processos administrativos instaurados, bem como pelas contundentes conclusões aferidas pela comissão sindicante, não tenha sido acatada a sugestão de instauração de processo administrativo disciplinar em face de Analice de Novais Pereira", afirma a procuradora da República Inês Virgínia Prado Soares, responsável pela ação.
Inês Soares lembrou que "basta a simples ilicitude ou imoralidade administrativa, que repercuta em lesão aos princípios administrativos, para que se configure ato de improbidade administrativa".
Caso seja condenada, a ex-superintendente do Ibama em São Paulo poderá ter seus direitos políticos suspensos por até cinco anos, ser proibida de contratar com o poder público por igual prazo, além de ser obrigada ao pagamento de multa de até 100 vezes o valor do seu salário na época em que dirigia o Ibama.Como o valor atual de seu salário é de R$ 7.147,76, ela poderá pagar multa de até R$ 714.776.