Leia Mais
PT de São Paulo negocia orçamento visando futuro governo de HaddadPR fará parte da base de apoio de Haddad na PrefeituraEquipe de Haddad pede dados sobre dívida da Prefeitura"Não vou fazer toma lá dá cá", diz HaddadTrês nomes da principal corrente chegaram a ser ventilados para ocupar o cargo de coordenador-geral: o dos deputados federais Ricardo Berzoini, José de Filippi e Vicente Cândido. Berzoini e Filippi declinaram. Cândido e Filippi acabaram em função de destaque, porém não no primeiro escalão. Tornaram-se ambos coordenadores do programa de governo.
Veio a crise envolvendo a aproximação com o prefeito Gilberto Kassab (PSD), que conversara com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a possibilidade de ingressar na chapa de Haddad. O bloco de Lula - a CNB à frente - fazia força para que sim; a coordenação da pré-campanha, então pilotada pelos vereadores Donato, José Américo e Chico Macena, empurrava na direção contrária - mais alinhado nesse caso com seus coordenadores do que com Lula, Haddad torcia para que não.
José Serra (PSDB) decidiu sair candidato e tirou Kassab da órbita petista. Resolvia-se um impasse, mas nascia outra disputa de teses. Com Haddad patinando na casa dos 3%, o grupo que antes tentava atrair o prefeito para a chapa petista começou a advogar a necessidade de diálogo com os setores médios e conservadores da capital, sobretudo com as igrejas, que Kassab prometera anteriormente trazer consigo. O núcleo duro da campanha, apoiado por outras partes do PT municipal, fez vistas grossas aos apelos.
Durante todo o tempo, Haddad esteve mais alinhado com a direção de sua campanha, mas não deu um passo sem consultar Lula. Agora, na transição, tenta repetir a presidente Dilma Rousseff. Preserva-se de parte das pressões e diminui a barganha de petistas e aliados. Deve montar um secretariado que mescle os diversos pleitos que lhe chegam: da CNB, do PT municipal, de Lula e dos aliados.