Os partidos da base de apoio à presidente Dilma Rousseff vão governar 99% do eleitorado dos municípios do Rio de Janeiro a partir de 2013, fato que transformará o Estado comandado pelo peemedebista Sérgio Cabral no mais governista do Brasil.
Pouco mais de 1% do eleitorado ficará sob o comando de três partidos de oposição: PSDB (0,78%), DEM (0,37%) e PPS (0,16%). O restante será pulverizado entre as demais legendas governistas, com destaque para o PR (10%), PT (7%) e PDT (5%).
O encolhimento da oposição foi significativo: em 2008, os mesmos PSDB, DEM e PPS elegeram prefeitos de cidades que comportavam 10% do eleitorado fluminense.
O mapa eleitoral do Rio, com um PMDB forte e uma oposição praticamente desaparecida, deixou Cabral na posição de aliado-chave de Dilma e reforçou seu cacife para 2014. Eduardo Paes, eleito no 1.º turno com a maior votação do País, chegou a lançar o governador como vice em uma eventual chapa de reeleição da presidente, no lugar de Michel Temer.
A iniciativa causou mal-estar na cúpula peemedebista. O próprio Cabral teve de vir a público para afirmar que não postula o cargo. Em um almoço com Temer, o governador e o prefeito eleito acabaram defendendo a reedição da chapa presidencial que venceu em 2010.