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Para Eduardo Braga, o Supremo Tribunal Federal (STF) também não deverá interferir na decisão do Legislativo, se chegar à corte ações propondo a reversão do que foi aprovado, intenção já anunciada por representantes do Rio de Janeiro e Espírito Santo, estados produtores de petróleo que mais perdem com as novas regras.Conforme assinalou, o Supremo entenderá que a votação finalizada na Câmara expressou a “vontade” nacional.
“O povo brasileiro, em última análise, é o dono dos nossos recursos minerais e o dono do nosso petróleo. Aquela campanha da época do Getúlio , sob o lema "O petróleo é noss", nunca foi tão contemporânea e tão atualizada”, disse.
O senador destacou também que seu estado, o Amazonas, é o quarto maior produtor de petróleo do Brasil. Nem por isso, segundo Braga, os amazonenses consideram que sejam os detentores exclusivos dos benefícios dessa riqueza.
Educação
O líder admitiu, no entanto, que gostaria de ver aprovado o substitutivo apresentado pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP), texto apoiado pelo governo, que atrelava totalmente os royalties destinados aos estados e municípios a gastos em educação. Nesse caso, explicou, a matéria voltaria ao Senado e seria ainda aperfeiçoada.
Eduardo Braga considera ainda que a aprovação do projeto original não inviabiliza uma revisão do tema e mesmo a ampliação da fatia dos royalties para a educação, apenas uma de múltiplas áreas contempladas no projeto aprovado. Segundo ele, isso poderá ser feito por meio do projeto do novo Plano Nacional de Educação (PNE), que já passou na Câmara e agora está no Senado. O texto amplia o percentual dos recursos para a educação, de 7% para 10% do PIB, contra a orientação do governo.
“Podemos nesta lei fazer a vinculação à educação, não na totalidade, mas num percentual absolutamente expressivo dos novos recursos dos royalties nas três esferas, estados, municípios e União”, disse..