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Cid Gomes pede a Dilma que não vete projeto de distribuição dos royalties Governador do Rio aposta em veto de Dilma em projeto dos royaltiesCid Gomes diz que Rio 'exagera' no caso dos royaltiesSenadores do Rio de Janeiro contestam texto dos royaltiesRio pode ir ao STF contra projeto dos royaltiesPara Sarney e para o presidente da Câmara, houve um erro classificado de material e não de conteúdo, portanto, pode ser corrigido sem nova votação, como é feito em casos semelhantes. Marco Maia afirmou que enviará o texto do projeto para que o Senado faça a correção e devolva à Câmara. Após essa etapa, de responsabilidade da secretaria do Senado, Maia enviará o texto à sanção da presidente Dilma Rousseff, o que deverá acontecer na próxima semana.
"É mais um caso de jus sperniandi (direito de reclamar)", classificou Marco Maia. "É uma tentativa no sentido de postergar e evitar uma coisa já votada democraticamente por decisão da maioria", continuou. Maia disse que o Senado aprovou o projeto correto e enviou uma cópia errada, já sanada pelo presidente do Senado, e que a anulação da votação nesse caso não tem precedentes.
"É uma forçação de barra absurda", disse. Ele considerou que os dois Estados vão recorrer à Justiça de qualquer jeito contra a divisão dos royalties e repetiu que não houve quebra de contratos. "É uma distribuição dos royalties mais equilibrada e mais equânime entre os Estados brasileiros para que os recursos que pertencem ao povo brasileiro sejam usufruídos por todos e não só pelos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo", disse Maia. "Os dois Estados vão continuar recebendo mais pela exploração do petróleo e não há nenhuma razão para que tenham declarações tão desesperadas. O processo se deu de forma natural. Não podemos permitir que a vontade da minoria se sobreponha à vontade da minoria", afirmou Maia. Ele criticou as declarações do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, de que o Estado não poderá realizar a Copa do Mundo nem a Olimpíada. "Isso não vai acontecer, isso não é razoável", disse.
Para os deputados do Rio e do Espírito Santo, o erro no texto enviado pelo Senado muda completamente o conteúdo da proposta. A soma dos porcentuais destinados aos Estados, aos municípios e à União resulta em 101% em vez de 100%, a partir de 2017. "São R$ 640 bilhões de diferença", afirmou o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ). "Essa votação é nula. O projeto tem de voltar ao Senado para ser votada uma emenda para corrigir o erro. Depois disso, a Câmara terá de votar a proposta novamente", continuou.
"Se a presidente Dilma sancionar esse projeto, será cúmplice de uma fraude ou de uma farsa na melhor das hipóteses", disse Miro. O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) afirmou que vai entrar com um processo contra Marco Maia por improbidade administrativa, caso ele aceite a correção pelo Senado e não anule a votação do projeto. A vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (PMDB-ES), considerou que houve uma mudança de conteúdo da proposta. O líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), também reclamou. "A votação tem de ser repetida. Estão colocando o processo Legislativo em xeque", disse.