Lindbergh vai se apresentar como vitorioso: percorreu mais de 60 municípios e, no 2.º turno, apoiou candidatos que ganharam as prefeituras de Macaé, Duque de Caxias e Petrópolis.
Ânimo
A aprovação da pré-candidatura não é necessariamente um caminho irreversível para o PT fluminense, hoje dependente de cargos e favores do governo controlado pelo PMDB. A possibilidade de ter em Lindbergh um candidato competitivo ao Palácio Guanabara, porém, aparentemente animou parte considerável do PT no Rio, seção estadual sob domínio da direção nacional desde 1998. Na ocasião, uma intervenção impôs o apoio à candidatura de Anthony Garotinho (então PDT) ao governo em troca de uma aliança nacional.
O próprio Lindbergh tratou de fazer uma espécie de “seguro” contra uma eventual repetição da intervenção do PT nacional para forçá-lo a apoiar a aliança. Sinalizou que, se não puder ser candidato pelo PT, poderá se mudar para o PSB e concorrer ao governo pela nova legenda. A possibilidade ficou mais séria após o resultado da eleição municipal, que fortaleceu o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, que passou a ser apontado como possível presidenciável.
No campo de Cabral, também há movimentação. O governador teve seu nome recentemente lançado pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB) como candidato a vice da presidente Dilma Rousseff em 2014, no que foi considerada uma manobra desastrada, de má repercussão no PMDB. Pezão também se manifestou afirmando querer o apoio de Lindbergh.