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Dirceu e mais três réus do mensalão entregam passaportes ao STFDeputados pedem liminar no STF para suspender tramitação do projeto dos royaltiesDebate sobre royalties pode ser definido no Supremo, diz ministro do STFO ministro, que esteve presente em evento da Escola da Advocacia Geral da União (EAGU) na capital paulista, disse acreditar que o julgamento do mensalão só termine no próximo ano. "Eu sou um homem otimista, mas creio que o veredicto final só virá em 2013". Marco Aurélio afirmou ainda que "houve um equívoco" quando os ministros do STF decidiram não desmembrar o processo. Para ele, será necessário agilizar a confecção e publicação do acórdão, para não estender ainda mais a conclusão do caso.
Marco Aurélio preferiu não comentar a decisão de Barbosa de requerer o recolhimento dos passaportes dos condenados no julgamento do mensalão. Recentemente o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu publicou em seu blog texto em que criticava a medida classificando-a como "populismo jurídico". "Vou me reservar a um pronunciamento a essa medida, dita acauteladora, se provocado a tanto por um dos acusados", comentou Marco Aurélio. Questionado se tomaria a mesma decisão, caso fosse relator, o ministro se limitou a dizer: "Cada cabeça, uma sentença". Ele ressaltou que a decisão foi tomada apenas pelo relator e não pelo colegiado.
Sobre uma eventual investigação de possível envolvimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no esquema do mensalão, Marco Aurélio afirmou não conhecer o depoimento prestado pelo publicitário Marcos Valério ao procurador-geral da República que mencionaria a participação de Lula. Além disso, o ministro ressaltou que caso houvesse alguma ação nesse sentido, o foro competente seria a justiça de primeiro grau, vez que Lula não está mais à frente da presidência. "O judiciário é um órgão inerte, só atua a partir de uma provocação. E se houver alguma coisa, não é competência do Supremo", avaliou.