O deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que investiga as relações criminosas de Carlinhos Cachoeira, deve apresentar seu relatório final no próximo dia 20 de novembro. Até lá, o esforço será para fechar o texto, e a CPI não fará mais reuniões para oitiva de testemunhas ou para aprovação de requerimentos.
Odair Cunha não tem dado entrevistas sobre o assunto, mas, por meio de seu blog na internet, antecipou que o relatório já possui mais de mil páginas e "será bastante contundente". O relator também informou que pedirá o indiciamento de todos os depoentes que se recusaram a falar na comissão de inquérito.
Depois de apresentado o relatório, haverá sessões para leitura, discussão e finalmente votação do documento; nesta fase, pode haver concessão de vista pelo prazo máximo e improrrogável de cinco dias, conforme Regimento Interno do Senado, que permite ainda o voto em separado aos integrantes da comissão que não concordarem com o relator.
Requerimentos
Mesmo sabendo que não têm mais chances de verem seus pedidos apreciados, os parlamentares continuam apresentando novos requerimentos à comissão. Agora já são 638, entre solicitações de convocações e informações, além de quebras de sigilo.
O mais recente deles foi apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) no último dia 7, para saber detalhes sobre operações bancárias e depósitos feitos por uma empresa apontada como laranja da Delta Construções.
O relator Odair Cunha já havia dito que todo o material deve ser encaminhado ao Ministério Público para uma possível continuação das investigações. Também serão enviados sigilos fiscais, telefônicos e bancários que não foram analisados, além de documentos já solicitados pela comissão e que ainda não chegaram ao Parlamento.
Representação
Também já está nas mãos do Ministério Público representação elaborada por parlamentares do PSDB, pedindo o prosseguimento das investigações sobre o envolvimento da Delta com o esquema do contraventor goiano.
Com Agência Senado