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Ayres Britto deixará processos importantes no STF sem definiçãoAyres Britto acredita que fixação das penas do mensalão ficará mais ágilBritto acredita que julgamento do mensalão acabe antes de se aposentarAyres Britto comanda hoje pela última vez julgamento do mensalão no SupremoMais um ministro do STF se aposenta compulsoriamente este anoDe saída do STF, Ayres Britto prega 'cordialidade'STF condena Kátia Rabello a 16 anos e 8 mesesClasse média acredita que voto tem poder, diz pesquisaO presidente do STF saiu em defesa da proposta do ministro Joaquim Barbosa, relator da ação penal, de ter apreciado nesta tarde casos do núcleo político. Ayres Britto lembrou que, no início do julgamento, foi decidido que cada ministro adotaria a metodologia que quisesse na hora de apresentar seus votos. Ele rechaçou o rumor de que o colegiado iria apreciar nesta segunda-feira casos do núcleo financeiro.
"Eu já mandei verificar e a resposta que me deram é a de que não seria o núcleo financeiro. Mas, ainda que fosse, o Supremo é o Supremo Tribunal Federal. Nós deliberamos aqui, os senhores viram. O ministro Celso de Mello ainda colocou ênfase, e eu também, que a matéria ficaria a cargo do relator, porque são três núcleos. Qual o direito de alguém tem de exigir que o núcleo seja votado em uma determinada ordem? Não tem", afirmou Ayres Britto.
Ayres Britto disse que não há "o menor prejuízo para a defesa" a apreciação dos casos do núcleo político. O presidente do STF disse que é interessante na hora da dosimetria que o crime de corrupção ativa, cometido pela antiga cúpula do PT, pelo ex-ministro José Dirceu e pelo grupo do empresário Marcos Valério, fosse analisado antes da corrupção passiva.
O presidente do STF negou que Joaquim Barbosa tenha colocado em pauta as penas aplicadas a José Dirceu agora para que ele pudesse participar. "Ela (a minha participação) já estaria assegurada pela lógica das coisas", afirmou. Ayres Britto disse ainda que "não é desejável" o bate-boca ocorrido entre Barbosa e o revisor da ação, Ricardo Lewandowski, que protestou contra a análise nesta tarde do núcleo político. "Claro que não é o desejável, mas os ministros são seres humanos. Esse processo é absolutamente inusual", disse ele.