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Lacerda diz que acha "difícil" PT continuar com cargos na Prefeitura de Belo HorizonteAo reconhecer derrota, Patrus faz promessa de oposição Lacerda diz esperar "oposição ética", em Belo HorizonteCâmara de BH teve renovação recordeGoverno define cotas no funcionalismo até o final do anoDiscussão de cotas no funcionalismo está em fase inicialDeclaração de Lacerda de que PBH deveria "ter sido um pouco mais babá" repercute na CâmaraEscolha do novo secretariado de BH terá que agradar os 19 partidos que apoiam LacerdaConstrutoras dominam doações para PT e PSDBO clima pesado da sessão, com a presença de parlamentares que se despedem da Câmara, foi quebrado por um duelo de ironias entre líderes de governo. O ex-líder Tarcísio Caixeta (PT) fez questão de creditar o atraso na aprovação do projeto na conta do atual líder, Ronaldo Gontijo (PPS). Segundo o petista, quando o governo enviou pela primeira vez o texto, em maio, Gontijo foi contrário a ele. “O líder Gontijo mostrou que antes tarde do que nunca e convenceu os colegas que votaram hoje. Tivemos unanimidade. Parabéns ao colega”, afirmou Caixeta.
De acordo com o petista, como o projeto traz o plano de cargos e salários da categoria, eles ficaram sem os ajustes nos vencimentos desde maio e tiveram perda financeira. Na ocasião, os vereadores tentaram aprovar um substitutivo da oposição e não conseguiram, derrotando também a proposta do governo. Ronaldo Gontijo disse ter sido contrário ao projeto no antigo governo de Fernando Pimentel (PT), quando o petista criou as vagas de educadores infantis. “Naquele momento fui contra porque não acredito que teríamos de formar uma subcategoria. Em junho me abstive. A turma do PT está é muito magoada por causa das eleições”, afirmou.
Em seguida, Arnaldo Godoy (PT) foi à tribuna dizer que o PT já estava convencido da importância do projeto porque sempre primou pela educação. Outro contrário ao projeto que votou a favor foi Iran Barbosa (PMDB). Apesar de dar o sim, o oposicionista foi ao microfone dizer que deu seu aval porque os seus eleitores da área haviam pedido, mas que se trata da legalização de um erro. “Estou votando porque pediram. Faço questão de dizer isso porque daqui a uns anos, quando a isonomia com o professor infantil for negada, posso dizer que eu avisei.”
Tabela
O projeto transforma 4.900 cargos de educadores em professores da educação infantil e traz a tabela salarial da categoria, que vai de R$ 1.186,85 a R$ 2.349,88. A tabela traz ainda prêmio de R$ 100 por participação em reuniões pedagógicas e um abono de estímulo à fixação profissional no valor de R$ 800. Segundo o líder do governo, Ronaldo Gontijo, com a aprovação da proposta, os agora professores da educação infantil passam a ter aposentadoria especial, diminuindo de 30 para 25 anos o tempo necessário para o benefício, os mesmos direitos de dobra na jornada e podem participar de eleição para cargos de direção nas escolas.