O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, afirmou nessa segunda-feira que a possibilidade de o PSD ocupar um ministério no governo Dilma Rousseff ainda depende de uma decisão da bancada do partido sobre o apoio à reeleição da presidente em 2014. "Aproximação maior não significa cargos, significa participação de governo. Pode até haver (participação no Ministério), desde que o partido entenda que o caminho é a reeleição da presidente Dilma", disse o prefeito após ser recebido para um jantar pela presidente no Palácio da Alvorada.
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Kassab evitou responder se seria natural que ele ocupasse um ministério, depois que deixar a prefeitura. "Um partido para ser respeitado precisa ter conduta", desconversou o prefeito, insistindo que o PSD é uma legenda independente e que os parlamentares votam de acordo com suas posições pessoais. Lembrou, no entanto que, na maior parte das votações ocorridas, houve apoio ao governo.
Sobre a possibilidade de o PSD apoiar a eleição de candidatos peemedebistas para a presidência da Câmara e do Senado, acertada com o PT, Kassab reiterou que o partido é independente, sinalizando que este pode ser um dos focos de problema caso o partido formalize sua entrada na base governista. "A bancada tem autonomia para votar. Ela vai decidir isso depois", avisou. Kassab aproveitou o jantar para discutir, mais uma vez, a situação da dívida da prefeitura, que ronda a casa dos R$ 60 bilhões.
O prefeito voltou a afirmar que o valor é "impagável". Segundo Kassab as conversas estão adiantadas e que está encaminhada não só a questão da redução dos juros como a do aumento da capacidade de endividamento do município. Ele disse ainda que está trabalhando para a transição "ser a melhor possível" e que tem se reunido diariamente com o prefeito eleito Fernando Haddad. Kassab disse que jantou apenas com Dilma e seu chefe de gabinete, Giles Azevedo.