“A aplicação da pena é apenas a decorrência maior da injustiça já antes perpetrada. Sua condenação contraria toda a prova dos autos”, disse nessa segunda-feira, em nota, Luis Fernando Pacheco, advogado do ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, após a definição pelo STF da pena de 6 anos e 11 meses pela condenação no caso do mensalão.
Genoino foi condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa. O ex-presidente petista deverá cumprir a pena em regime semiaberto, podendo trabalhar fora da prisão, mas tendo de dormir na cadeia. Segundo a nota, Genoino “reitera o respeito ao Supremo Tribunal Federal”. Porém, “irresignado, o acusado viverá até o fim de seus dias. E isso quer dizer que continuará batalhando junto ao Supremo a causa de sua inocência”.
Segundo o advogado, uma condenação “sem o mínimo indício de prova merece reparação seja quando for, onde for e de quem for”. Para Pacheco, o petista é “homem de guerrilha, prisão e tortura” e “não se impressiona” com a condenação, “Antes, encara e de peito aberto e cabeça erguida.”
Delúbio
Os advogados de Delúbio Soares, também condenado nessa segunda-feira, não quiseram se manifestar. Em outubro de 2005, o ex-tesoureiro do PT disse que as denúncias do mensalão acabariam esquecidas. “Em três ou quatro anos, tudo será esclarecido e esquecido, e acabará virando piada de salão”, afirmou, na época.