O relator do processo do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, vai assumir na semana que vem a presidência do Supremo Tribunal Federal com o objetivo principal de acelerar o cumprimento das penas do caso, que vem mobilizando a Corte desde 2 de agosto.
Leia Mais
Ayres Britto comanda hoje pela última vez julgamento do mensalão no SupremoCondenados por envolvimento no mensalão ficam sem cela especial23 condenados por mensalão já entregaram passaportesLewandowski diz que STF ainda pode ajustar multas do mensalãoEx-ministro José Dirceu chama processo do mensalão de "infame"Barbosa põe STF em rota de colisão com o Congresso NacionalPSDB elogia corte do STF, em resposta a nota petistaJulgamento do mensalão ganha contornos de novela e vira um campeão de audiência PT lança manifesto em defesa dos réus do mensalãoSupremo adia decisão sobre mandato de condenadosSTF condena ex-vice de banco a 16 anos de prisãoSTF indica assessores de Joaquim BarbosaOs defensores dos réus adiantaram que pedirão novo julgamento nos casos em que ao menos quatro dos atuais dez ministros da Corte votaram pela absolvição - trata-se do embargo infringente.
A tendência na Corte, conforme os ministros, é rejeitar a possibilidade de novo julgamento. Mas, mesmo para rejeitar esses recursos, o tribunal terá de se reunir e julgar todos os pedidos.
A Corte ainda terá de analisar as dezenas de embargos de declaração que contestarão possíveis omissões, contradições ou obscuridades no acórdão.
Também caberá a ele estipular o ritmo do processo até o fim. Somente depois do trânsito em julgado, quando todos os recursos tiverem sido analisados, as penas impostas a cada um dos 25 condenados começarão a ser cumpridas.
A expectativa entre os ministros é de que esse trâmite se encerre em 2013. Até o fim do ano que vem, portanto, o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o empresário Marcos Valério e os outros 22 condenados começariam a cumprir pena.
Barbosa diz que o Supremo delegará a execução das penas a juízes federais de primeira instância. São esses magistrados que determinarão onde as penas devem ser cumpridas e avaliarão, no futuro, a possibilidade de concessão de benefícios aos condenados, como a progressão de regime.
O relator afirmou nesta terça-feira (13) não haver mais espaço para o benefício de prisão especial para os condenados no julgamento da ação penal. Ele explicou que esse tipo de prisão apenas cabe nos casos em que se dá a prisão provisória, mas se negou a falar especificamente sobre os condenados pelo Supremo. .