Moradores de Matozinhos estão indignados com a suspensão de serviços públicos na cidade na reta final do mandato do prefeito derrotado, Murilo Rezende (PPS). A situação é tão grave que o Ministério Público estadual vai entrar com uma ação segunda-feira dando prosseguimento ao processo que levou a apreensão de documentos da prefeitura na última sexta-feira, quando policiais e agentes da promotoria pública cercaram o prédio da administração municipal. Serviços de coleta de lixo domiciliar e hospitalar, pagamento de médicos e manutenção de casas de acolhimento de idosos estão funcionando de maneira precária. “Se não recebermos até dezembro, nossa unidade corre o risco de fechar as portas”, afirma a gerente de administração do Hospital Wanda Andrade Drummond, Alessandra Maria de Menezes.
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Prefeitos derrotados deixam cidades mineiras em apurosFalta de coleta de lixo em municípios contribui para aumento da dengue em MinasServiços suspensos por prefeito terão de ser retomados em MatozinhosA Prefeitura de Matozinhos informou, por meio de nota, que as medidas tomadas, “como corte de funcionários, cancelamento de convênios e contratos”, foram para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal e que o prefeito terminará o seu mandato sem dívidas e com obras em andamento.
Na unidade de Pronto Atendimento da cidade, a situação é precária. Segundo o assessor da Secretaria Municipal de Saúde, Alcíler Nino Takahashi, o contrato com a empresa que prestava o serviço foi expirado e uma nova licitação está em andamento. Uma funcionária que pediu para não ser identificada afirmou que o lixo infeccioso se acumula lá há quase quatro meses.
Em Santa Luzia, a coleta de lixo foi suspensa e os moradores, revoltados, fizeram vários protestos durante todo o dia de ontem. Sacos de lixo foram queimados nas ruas da cidade e também jogados na porta da prefeitura administrada por Gilberto Dornelles (PSD), que não se reelegeu. O município está sem recolhimento de lixo há uma semana. A prefeitura informou que a coleta foi interrompida porque o contrato com a empresa que fazia o serviço foi encerrado e a administração resolveu fazer nova licitação faltando menos de dois meses para o fim da atual gestão. Moradores também denunciam paralisação de obras e de serviços de manutenção depois das eleições..