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Estado de Minas

Suspensão de serviços básicos provoca revolta em Matozinhos


postado em 15/11/2012 06:00 / atualizado em 15/11/2012 10:43

Moradores de Matozinhos estão indignados com a suspensão de serviços públicos na cidade na reta final do mandato do prefeito derrotado, Murilo Rezende(foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press)
Moradores de Matozinhos estão indignados com a suspensão de serviços públicos na cidade na reta final do mandato do prefeito derrotado, Murilo Rezende (foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press)

 

Moradores de Matozinhos estão indignados com a suspensão de serviços públicos na cidade na reta final do mandato do prefeito derrotado, Murilo Rezende (PPS). A situação é tão grave que o Ministério Público estadual vai entrar com uma ação segunda-feira dando prosseguimento ao processo que levou a apreensão de documentos da prefeitura na última sexta-feira, quando policiais e agentes da promotoria pública cercaram o prédio da administração municipal. Serviços de coleta de lixo domiciliar e hospitalar, pagamento de médicos e manutenção de casas de acolhimento de idosos estão funcionando de maneira precária. “Se não recebermos até dezembro, nossa unidade corre o risco de fechar as portas”, afirma a gerente de administração do Hospital Wanda Andrade Drummond, Alessandra Maria de Menezes.

Ela conta que a prefeitura está descumprindo um contrato que prevê o repasse mensal de R$ 60 mil há três meses. “Em agosto o pagamento foi feito através de sentença liminar”, diz. “Os médicos estão trabalhando sem receber. Alguns estão faltando a cirurgias eletivas marcadas", afirma. O estoque de medicamentos e a disponibilidade de alimentos estão comprometidos. “O hospital está recebendo doações de empresas e está sem crédito com seus fornecedores”, acrescenta.

A Prefeitura de Matozinhos informou, por meio de nota, que as medidas tomadas, “como corte de funcionários, cancelamento de convênios e contratos”, foram para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal e que o prefeito terminará o seu mandato sem dívidas e com obras em andamento.

Na unidade de Pronto Atendimento da cidade, a situação é precária. Segundo o assessor da Secretaria Municipal de Saúde, Alcíler Nino Takahashi, o contrato com a empresa que prestava o serviço foi expirado e uma nova licitação está em andamento. Uma funcionária que pediu para não ser identificada afirmou que o lixo infeccioso se acumula lá há quase quatro meses.

Em Santa Luzia, a coleta de lixo foi suspensa e os moradores, revoltados, fizeram vários protestos durante todo o dia de ontem. Sacos de lixo foram queimados nas ruas da cidade e também jogados na porta da prefeitura administrada por Gilberto Dornelles (PSD), que não se reelegeu. O município está sem recolhimento de lixo há uma semana. A prefeitura informou que a coleta foi interrompida porque o contrato com a empresa que fazia o serviço foi encerrado e a administração resolveu fazer nova licitação faltando menos de dois meses para o fim da atual gestão. Moradores também denunciam paralisação de obras e de serviços de manutenção depois das eleições.


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