Os projeto de lei sobre o marco civil da internet e o fim do fator previdenciário devem ser o destaques da pauta de votação no plenário da Câmara dos Deputados nesta semana, que devem ser votados entre terça e quinta-feira.
Apesar das negociações que ocorreram na semana passada, continua o impasse em torno do marco civil da internet. O relator do projeto, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), defende em seu texto a permanência do conceito de neutralidade da rede, que pretende garantir a inexistência de privilégios na transmissão dos dados, independentemente de conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicativo.
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Câmara adia votação do marco civil da internetDeputados escolherão se apoiam usuários ou provedores, diz relator do Marco Civil da InternetFalta de tempo causou o adiamento das votações dos royalties e fator previdenciárioConcursos públicos destravados com novo regime previdenciárioGoverno tenta evitar votação sobre fator previdenciárioFim do fator previdenciário está na pauta desta semana da Câmara dos DeputadosRepresentantes dos aposentados cobram votação de projeto sobre fator previdenciárioA neutralidade de rede, de acordo com o relator, vai impedir que os provedores façam distinção de velocidade entre um ou outro site ou aplicativo. Alguns deputados, no entanto, manifestaram-se contra a neutralidade e defenderam a possibilidade de o provedor dar preferência, na transmissão de dados, para o consumidor que pagar mais.
Fator previdenciário
O fator previdenciário foi criado em 1999 para desestimular a aposentadoria precoce por meio de um cálculo que diminui o valor dos proventos para aqueles que se aposentam mais cedo. Entretanto, até mesmo o governo admite que o mecanismo não surtiu o efeito esperado porque a média de idade dos recém-aposentados não aumentou.
A matéria conta com substitutivo de autoria do atual ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. Ele propôs a fórmula 95/85, segundo a qual a aposentadoria sem cortes ocorreria quando a soma da idade e dos anos de contribuição do segurado atingisse 95.
A mudança ainda provoca controvérsia dentro do governo, que teme consequências de possíveis processos na Justiça pedindo equiparação com a nova regra para as aposentadorias já concedidas.
O presidente da Câmara, Marco Maia, afirmou na quarta-feira (14) que ainda "costura um acordo” para a análise da proposta. “O acordo não é simples. Há resistência dentro do governo em função do impacto que poderá haver na Previdência”, disse Maia.
Com Agência Câmara.