Ao contrário dos tradicionais terno e gravata, traje comumente usado pelos deputados na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta terça-feira um avental e uma roupa de babá chamaram a atenção na Casa. O uniforme foi levado ao plenário pelos deputados Rogério Correia (PT) e Sávio Souza Cruz (PMDB) para ironizar a declaração do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda(PSB), que disse que faltou a prefeitura “ter sido um pouco mais babá”, ao comentar os estragos do temporal que atingiu a capital na última quinta-feira. Segundo os parlamentares, a roupa seria um presente para Lacerda e para o seu próximo vice, o deputado Délio Malheiros (PV).
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Declaração de Lacerda de que PBH deveria "ter sido um pouco mais babá" repercute na CâmaraEscolha do novo secretariado de BH terá que agradar os 19 partidos que apoiam LacerdaDinis Pinheiro é reeleito presidente da Assembleia Legislativa de Minas Por causa de cargos na prefeitura, Lacerda é pressionado até por seu próprio partido Lacerda cancela prova e teste psicológico para indicados aos cargos no governoVereadores novatos fazem pedidos ao prefeito Marcio LacerdaLacerda pede desculpas à população e anuncia sirene contra os efeitos da chuvaPouco antes do protesto, o deputado Délio Malheiros foi visto na Assembleia, mas após oa manifestação ele não foi mais visto circulando pelo plenário. Por telefone a reportagem tentou contato com Malheiros, mas ele não atendeu as ligações. Já assessoria do parlamentar informou que ele não vai comentar o assunto.
Reação dos Legislativos
Nessa segunda-feira o assunto também foi abordado no plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). Assim como na ALMG, os vereadores da oposição foram ao microfone para protestar contra a “falta de sensibilidade”, como classificou Adriano Ventura - líder do PT na Câmara -, a atitude da Lacerda.
Polêmica
Durante o temporal da semana passada um homem morreu após o carro que ele conduzia cair dentro de um córrego no Bairro Castelo, na região Noroeste da cidade. O prefeito reagiu com irritação ao ser questionado sobre o fato de que o poder público não agiu a tempo de evitar prejuízos, diante da previsão de temporais, nos pontos onde os problemas são conhecidos.
O socialista calcula que para sanar os problemas dos 80 pontos de inundação da capital serão necessárias obras que demandam de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões. O prefeito informou que, na atual gestão, que termina este ano, foram investidos quase R$ 500 milhões em intervenções já concluídas, e somadas as que estão em projeto e licitação, o valor chega a R$ 1,1 bilhão. .