Brasília - O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) disse que a saída do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, da cadeia é “mau presságio” sobre a apresentação, nesta quarta-feira, do relatório da comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI). A comissão investiga as relações de Cachoeira com agentes públicos e privados. O empresário deixou, de madrugada, o Presídio da Papuda, em Brasília, onde ficou durante nove meses.
“A expectativa que tenho do relatório não é das melhores. As notícias que me chegam é que a saída do Cachoeira é um mau presságio”, avaliou Rodrigues, que participou da comissão.
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Cachoeira ganha o direito de recorrer em liberdade após 265 dias de prisãoCachoeira deixa presídio da Papuda, em BrasíliaCachoeira é condenado a cinco anos no DF e pode ser soltoRelator da CPI do Cachoeira é "bombardeado" por causa de mudanças no relatório finalCachoeira recorrerá de decisão sobre condenaçãoEm sessão tumultuada, CPI do Cachoeira adia para quinta-feira leitura de relatórioDurante sessão, senador diz que relatório é "lixo" e que CPI "é uma balela"Carlinhos Cachoeira foi solto depois de ser condenado nessa terça-feira (20) a cinco anos de prisão em consequência da Operação Saint-Michel, que apurou irregularidades no sistema de transporte público no Distrito Federal. Como a pena é inferior a oito anos, o regime inicial da prisão deve ser semiaberto.
O empresário foi preso no dia 29 de fevereiro como resultado da Operação Monte Carlo, que apurou a corrupção e exploração ilegal de jogos na esfera federal.
A CPMI do Cachoeira, como ficou conhecida a investigação parlamentar, apurou o envolvimento dele com agentes públicos e empresários. Cachoeira foi acusado de corromper policiais para garantir proteção ao esquema de exploração de jogo do bicho e máquinas caça-níqueis em Goiás. Deputados estaduais, federais e o ex-senador Demóstenes Torres foram acusados de fazer parte do esquema. Torres teve o mandato cassado por ser considerado um lobista do grupo..