A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as relações de Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados abriu os trabalhos nesta quarta-feira enfrentando protestos. A leitura do relatório pelo deputado Odair Cunha (PT/MG) foi questionada, já que segundo o senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP), o documento deveria ter sido distribuído com 48 horas de antecedência, o que ocorreu durante a sessão. Mais enfático, o senador Pedro Taques (PDT/MT) classificou o relatório como “lixo” e que a CPI se transformou “em uma balela”. “Essa CPI está, sim, se transformando em uma balela, essa é minha opinião. Está se transformando em uma grande pizza. Nós não investigamos o que deveríamos investigar”, criticou.
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Senador diz que saída de Cachoeira da prisão é mau presságio sobre relatório da CPICachoeira ganha o direito de recorrer em liberdade após 265 dias de prisãoCachoeira deixa presídio da Papuda, em BrasíliaPT defende relatório apresentado por Odair CunhaVereadores aprovam moção de repúdio a envio de lixo tóxico para o município na BahiaIndependentes criticam relatório da CPI do Cachoeira e apresentam documento paraleloNo inicio da sessão, o deputado Silvio Costa (PTB-PE) chegou a sugerir que fosse apresentado um requerimento para que Cachoeira volte a ser convocado. Ele ainda pediu que os trabalhos fossem prorrogados por 180 dias para que o depoimento fosse viabilizado. Costa conseguiu o apoio de Álvaro Dias (PSDB), líder do PSDB.
Cachoeira livre
Depois de quase nove meses atrás das grades, o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi colocado ontem em liberdade. Ele deixou a Penitenciária da Papuda às 0h5, sem conversar com os jornalistas e seguiu direto para Goiânia, onde se encontraria com os três filhos, de 9, 11 e 12 anos, que ele não via desde a prisão, em 29 de fevereiro.
Com a conclusão da instrução do processo da Operação Saint-Michel referente a um esquema montado no Distrito Federal para abocanhar um milionário contrato de bilhetagem eletrônica no transporte público, a juíza Ana Cláudia Barreto, da 5ª Vara Criminal de Brasília, considerou que o bicheiro não tem mais como influenciar testemunhas e atrapalhar a coleta de provas..