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Estado de Minas

Em sessão tumultuada, CPI do Cachoeira adia para quinta-feira leitura de relatório

O clima ficou tenso e houve bate-boca entre os parlamentares que defendiam que o relatório não poderia ser lido antes do prazo de 24 horas de sua entrega e sem ouvir Cachoeira


postado em 21/11/2012 13:09 / atualizado em 21/11/2012 14:53

(foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
(foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Após muito bate-boca e clima tenso o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), deputado Odair Cunha (PT/MG), sugeriu que a leitura do documento feito por ele fosse feita nesta quinta-feira. Segundo Cunha, a medida seria para tentar chegar a um entendimento. “Não existe possibilidade de discutir e votarmos relatório sem o mínimo de entendimento entre nós”, ponderou. O deputado Paulo Teixeira (PT-RS) – vice-presidente da CPI -, convocou para esta quinta-feira uma sessão extraordinária para que fosse feita a leitura do relatório, após uma questão regimental, apresentada pela oposição, que pedia prazo de 24 horas entre a apresentação e a leitura do texto.

Com a atitude, o relator tentou acalmar o ânimo dos parlamentares que levantavam questões de ordem para desqualificar o texto a ser apresentado. Segundo ele, o documento era a opinião dele sobre os fatos vistos, mas, apesar disso, ele se dispunha a discutir para transformar o texto para que ele fosse “não o relatório do relator, mas da Comissão”. “O que eu não concordar, me comprometo a submeter a vocês minha opinião. E o que não for acatado nós colocamos em votação”, declarou.

O deputado deve ler um sumário executivo (resumo) do documento, que contém 4.802 páginas em cinco volumes, sem contar os anexos. O relatório é dividido em oito partes, que tratam, por exemplo, das propostas legislativas da comissão, das ramificações da organização de Carlos Cachoeira,nos meios de comunicação e do financiamento da organização criminosa. Grande parte também é dedicada aos indiciamentos. São 46 no total, entre eles, o de Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta, do ex-senador Demóstenes Torres e do próprio Cachoeira. Também foram indiciados cinco jornalistas, entre os quais, Policarpo Júnior, da revista Veja.

Um pedido de vista coletivo já foi apresentado, abrindo-se prazo de cinco dias úteis para que os parlamentares analisem a matéria, conforme Regimento Interno do Senado. Com isso, o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) já convocou nova reunião para a próxima quarta-feira.

Com Agência Senado


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