Os dois partidos com as maiores bancadas de vereadores eleitos em São Paulo - PT e PSDB - estão entrando em acordo sobre a adoção do princípio de proporcionalidade para a composição da mesa diretora da Câmara Municipal. Parte da bancada do PSDB assinou na quarta-feira um documento do PT propondo a adoção deste princípio na próxima legislatura.
Por esse princípio, o PT, que elegeu 11 vereadores, ficaria com a presidência da Casa e o PSDB, com 9, com a primeira secretaria. O terceiro partido com a maior bancada, PSD, 7 vereadores eleitos, é contra a proposta e trabalha para tentar reeleger o atual presidente, José Police Neto (PSD). A eleição é realizada no dia 1º de janeiro. São necessários 28 votos para eleger o presidente.
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O líder do PSDB na Câmara, Floriano Pesaro, afirmou que está conduzindo a negociação com os vereadores do partido para que apoiem o documento petista de apoio ao princípio da proporcionalidade. Ele disse ainda que o partido reivindica que esse princípio seja estendido também na composição das comissões CPIs e relatorias. "Num esforço coletivo da Casa, buscamos criar um consenso para manter a proporcionalidade partidária, resultado da escolha popular do voto que reflete no tamanho das bancadas", argumentou Pesaro. O vereador afirmou que o partido ainda não definiu nomes de quem deve assumir os cargos. "Estou escutando cada um dos novos parlamentares do PSDB, querendo saber qual o perfil do mandato que eles querem desenvolver antes de escolhermos isso", afirmou.
O vereador Marco Aurélio Cunha, líder do PSD na Câmara, questiona a adoção do princípio, dizendo que os partidos defendem quando convém.
Outro partido que assinou essa carta de princípios é o PTB. Com quatro vereadores eleitos, o partido deve ter um espaço na mesa diretora. De acordo com o vereador Celso Jatene, o partido deve ficar com uma segunda vice-presidência ou segunda secretaria. "Há três bancadas com quatro vereadores (PTB, PV e PMDB).
O PSB, que elegeu apenas três vereadores, ainda não fechou apoio à proporcionalidade. De acordo com o vereador Eliseu Gabriel, o partido vê a ideia com bons olhos, mas ainda não fechou apoio. "Estamos considerando ainda, decidiremos em breve. É um princípio interessante. (O problema) é que na proporcionalidade a gente fica fora (da mesa diretora)", comentou..