O presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra, criticou o desfecho da CPI do Cachoeira dizendo que o relatório final - do deputado federal Odair Cunha (PT-MG) - é uma "ação deliberada contra o PSDB e o governador Marconi Perillo (GO)" e uma tentativa de o PT se defender do envolvimento de petistas com a construtora Delta - um dos pivôs do escândalo.
"É claro que esse relatório nada mais é do que um produto da ação do Partido dos Trabalhadores (PT) para se defender do seu amplo comprometimento com o mensalão e do receio de que a investigação da CPI do Cachoeira pudesse chegar até o campo do maior contratante da Construtora Delta: o governo federal", disse o deputado.
Guerra fez coro às declarações do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de que o pedido para investigá-lo é "retaliação" por sua ação no caso do mensalão. "As iniciativas contra o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, são retaliações puras e simples", avaliou Guerra.
Sobre o pedido do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, para acelerar o início dos depoimentos de envolvidos no caso conhecido como mensalão mineiro, que envolve o ex-governador de Minas Gerais e atual deputado federal do PSDB, Eduardo Azeredo, Guerra disse que o partido é favorável a "toda e qualquer investigação". " O PSDB é a favor de toda e qualquer investigação, seja determinada pelo Supremo Tribunal Federal ou em qualquer outra instância do Judiciário. Essa questão não nos diz respeito. Não procurem o PT no PSDB, porque não vão encontrá-lo", concluiu.
A juventude do PSDB também emitiu nota criticando as declarações a favor de José Dirceu dadas pelo presidente da União Nacional do Estudantes (UNE), Daniel Iliescu. "Pela primeira vez, vimos a Suprema Corte brasileira enfrentar de fato os poderosos e puni-los conforme os rigores da lei. Se mais este escândalo do PT passar impune, os brasileiros perderão a fé na democracia", disse Marcello Richa, presidente nacional da juventude tucana.