Nem o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Patrus Ananias, nem o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Fernando Pimentel. Marcado por rachas internos, principalmente em razão da polarização que o partido criou entre suas duas principais lideranças no estado, o PT de Minas Gerais está à procura de uma espécie de “Haddad mineiro” (referência ao prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad). Ou seja, um nome que possa se apresentar como novidade e assumir a condição de candidato ao governo de Minas em 2014 personificado como a opção da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes disso, o trabalho é de unificação. O partido dispensa as prévias que até então só renderam campanhas com boicotes de aliados e quer a escolha de quem vai tomar a frente na briga com o PSDB até o início do ano que vem.
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Em plenária no auditório do Crea, eles defenderam a união já para o processo de eleições internas (PED) do PT em 2013 e pela formação de um programa de governo e da busca por um nome que o represente. Querem um palanque para a presidente Dilma em Minas. Para o prefeito de Coronel Fabriciano, Chico Simões, a derrota em Belo Horizonte foi a conta pelos erros que descaracterizaram o PT como partido de esquerda.
Divisor Para o presidente municipal do partido e principal articulador da candidatura própria na capital mineira, Roberto Carvalho, a ruptura com a gestão Lacerda foi um divisor de águas que recoloca o PT na condição de principal rival do PSDB em Minas. “Estamos resgatando o palanque da presidente Dilma em BH. Acho que ainda este ano ou até no início do próximo devemos definir um candidato”, afirmou. Carvalho é contra a legenda fazer novas prévias, o que para ele é considerado um “suicídio”. O dirigente também afirmou que o partido deve se impor e não se curvar mais às intervenções da direção nacional.
O ministro Fernando Pimentel e o ex-ministro Patrus Ananias foram convidados, para o encontro em Belo Horizonte, mas só Patrus compareceu. Ele disse que não é candidato a nada e que pretende fazer uma peregrinação pelas bases do partido no estado no ano que vem.