Dezenove pessoas responderão pela morte do cacique Guarani Kaiowá, Nísio Gomes, ocorrida durante invasão de pistoleiros encapuzados e armados no acampamento Tekoha Guaiviry, no município de Amambaí, em Mato Grosso do Sul em novembro de 2011. A denúncia foi feita pelo Ministério Público Federal do Mato Grosso do Sul (MPF-MS) e aceita pela juíza federal Lisa Taubemblatt.
O crime repercutiu internacionalmente, destaca o MPF. "Colocou em foco o ambiente onde imperam o preconceito, a discriminação, a violência e o constante desrespeito a direitos fundamentais dos 44 mil guarani-kaiowá e guarani-ñandeva que vivem em Mato Grosso do Sul", diz um trecho da denuncia do MPF. Entre os réus estão fazendeiros, advogados e um secretário municipal, além de proprietário e funcionários de uma empresa de segurança privada. Sete réus estão presos. Eles foram presos em 2011.
Dos 19, três respondem por homicídio qualificado, lesão corporal ocultação de cadáver, porte ilegal de arma de fogo e corrupção de testemunha; quatro por homicídio qualificado, lesão corporal, ocultação de cadáver, porte ilegal de arma de fogo; e 12 por homicídio qualificado, lesão corporal, quadrilha ou bando armado e porte ilegal de arma de fogo.