A estratégia da Comissão Nacional da Verdade nos próximos meses será liberar e dar a máxima divulgação a documentos com revelações sobre violações de direitos humanos durante o regime militar. Em vez de acumular dados para a confecção de um único relatório final, a comissão quer manter uma debate permanente sobre o que aconteceu no período da ditadura, dando destaque sobretudo aos casos de mortos e desaparecidos.
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Comissão da Verdade registra que Brasil criou e comandou Operação CondorComissão da Verdade vai discutir violações de direitos de índios e camponeses na Guerrilha do AraguaiaComissão da Verdade começa a analisar atuação das igrejas na ditadura militarRelatos dos anos de chumbo causam comoção em audiência pública da Comissão da VerdadeComissão da Verdade quer transformar locais de tortura em centros de memóriaMorte do ex-deputado Rubens Paiva ganha mais detalhes com documentos oficiaisParlamentares entregam documentos à Comissão da VerdadeNo Sul, Comissão da Verdade recebe papéis sobre o ex-deputado Rubens PaivaO prazo regulamentar de funcionamento da comissão termina em maio de 2014. Em janeiro daquele ano os seus integrantes devem produzir o primeiro relatório preliminar. Até lá, porém, pretendem provocar e estimular debates em todo o País. “Temos que deixar esse legado para a sociedade”, afirma Fonteles. “É com essa intenção que estamos realizando audiências públicas, parcerias e convênios com comissões estaduais, instituições universitárias, a OAB e outros setores organizados.”
Na divisão de atividades na comissão, Fonteles é o responsável pela área de pesquisa e obtenção de documentos. Na semana passada ele tomou a iniciativa de divulgar uma leva de 11 documentos que estavam sendo analisados pela sua equipe de trabalho.