Uma manobra da base governista impediu nesta terça-feira que a ex-chefe de gabinete do Escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary de Noronha fosse convocada para prestar esclarecimentos sobre o envolvimento no esquema de venda de pareceres técnicos desbaratado pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro. O pedido estava na pauta da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), mas ficou para ser analisado posteriormente, após acordo feito pelos lideres governistas na Casa. O requerimento para ouvir Rosemary foi feito pelo Senador Randolfe Rodrigues (PSOL-PA).
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Líder do PT defende ida de Cardozo ao Senado para explicar operação da PFPPS quer convocação de indiciados na operação da Polícia FederalGilberto Carvalho diz que não fala sobre Operação Porto SeguroO senador Álvaro Dias (PSDB-PR) acusou o governo de fazer “marketing” para passar a ideia de “esforço descomunal” para “faxinar” a administração federal. “Queremos registrar, aqui, nosso inconformismo com essa postura insincera de quem tenta passar a ideia de que há, no governo, um esforço de moralização. As atitudes se contrapõem a essa manifestação”, afirmou.
O senador informou que a oposição continuará tentando aprovar requerimentos para a convocação dos envolvidos no esquema, especialmente a ex-chefe de gabinete do Escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary de Noronha.
Apesar disso, os senadores da base aliada do governo concordaram com o comparecimento ao Senado, na próxima semana, do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; do advogado-geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, e dos presidentes da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Pacheco dos Guaranys.
Com agências.