O Supremo Tribunal Federal (STF) encerra nesta quarta-feira o processo de fixação de penas dos condenados por envolvimento no escândalo do mensalão, com o cálculo da pena do ex-deputado federal e ex-presidente do PTB Roberto Jefferson, delator do caso; do então secretário do partido, Emerson Palmieri, e do deputado João Paulo Cunha (PT-SP). A Corte condenou Jefferson pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. É grande a expectativa na dosagem da pena dele pelos ministros, em razão da existência de atenuante para caso de confissão do réu que tenha colaborado com a apuração dos fatos. Roberto Jefferson admitiu que recebeu R$ 4 milhões do empresário Marcos Valério, operador do esquema de pagamento de propina, para que seu partido apoiasse os projetos de interesse do governo federal na Câmara, desencadeando o escândalo.
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Ontem, o ministro Teori Albino Zavascki, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) – que toma posse amanhã na Corte, na vaga deixada por Carlos Ayres Britto, que se aposentou –, foi taxativo e disse que não vai participar das sessões de julgamento do processo do mensalão. “Participam desta etapa (da fixação de penas) apenas os ministros que proferiram juízo condenatório. Assim, a minha possibilidade de participar é nula”, afirmou. Demonstrando seu estilo reservado, Zavascki, que é mestre e doutor em direito processual civil, não quis comentar as decisões dos ministros durante a análise do Ação Penal 470. “Parto do pressuposto de que as decisões do Supremo são as decisões corretas.
Teori Zavascki permanecerá no STJ somente até amanhã. Ele afirma que, embora feliz e empolgado com a nova missão, o ministro expressou tristeza em deixar a corte onde atua há nove anos. “Estou tentando deixar minha ‘casa’ da melhor maneira possível para o meu sucessor. Ainda não tenho ideia dos casos que vou julgar no Supremo. O que minha assessoria informou é que cerca de 6 mil processos já estão me esperando lá”, conta. .