A procuradora responsável pela Operação Porto Seguro no Ministério Público Federal, Suzana Fairbanks, afirmou nessa terça-feira que, a depender das provas colhidas pela polícia durante as apreensões feitas na última sexta-feira, poderá pedir a prisão da ex-chefe de gabinete da Presidência Rosemary Nóvoa de Noronha.
“De acordo com a necessidade a gente vai avaliar essa necessidade da prisão cautelar. Há possibilidade”, afirmou, sem dizer mais por se tratar de um “adiantamento de estratégia”.
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Número 2 da Secretaria de Portos defendeu obra negociada com suspeitos de fraudeGilberto Carvalho diz que não fala sobre Operação Porto SeguroMinistro da Justiça vai prestar esclarecimentos sobre Operação Porto SeguroDiário Oficial da União publica novas demissões da Operação Porto SeguroAlém disso, disse a procuradora, a equipe que cuida do caso era pequena e a descoberta da influência de Rose se deu nos últimos quatro meses da investigação, que já tinha um “timing” para ser deflagrada.
A procuradora afirmou que Rose “era uma peça muito importante” no esquema, e que ela tinha “trânsito livre no governo federal. “Ela tinha essa intimidade até de convívio social por festas, eventos. Vivia naquele mundo. Com base no cargo praticava tráfico de influencia e corrupção”.
Suzana afirmou acreditar que Rose tenha movimentado “mais prestígio do que dinheiro” e declarou que a denúncia da Procuradoria deve ser entregue à Justiça ainda este ano.
Suzana informou ainda que enviará à Procuradoria Geral de República material para possível investigação dos deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Sandro Mabel (PMDB-GO). Ela contudo, não informou o conteúdo dele porque parte dos autos continua sob sigilo judicial.