Após cinco anos sob comando de coronéis da reserva da Polícia Militar, as subprefeituras paulistanas voltarão a ser comandadas por aliados políticos a partir de janeiro. O prefeito eleito Fernando Haddad (PT) vai aceitar indicações de vereadores com forte base regional e bom trânsito com movimentos sociais, desde que o escolhido seja “ficha-limpa”. Também se estuda a criação de uma 32.ª subprefeitura, em Sapopemba.
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Kassab diz que Haddad o consultou sobre manutenção de aliadoPT mineiro busca seu 'Haddad' para concorrer as eleiçõesHaddad terá 'bônus' de R$ 1 bilhão do governo federalHaddad não comenta decisão contra Maluf Haddad anuncia primeiros nomes do secretariadoPressionado principalmente por petistas que querem saber como será a composição das subprefeituras com a saída dos militares, Haddad já avisou que as indicações passarão por um pente-fino. O objetivo é evitar que os governos locais voltem a ser focos de escândalos de corrupção ou se transformem em escritórios políticos de vereadores, como já ocorreu.
Para manter o apoio e também o controle da gestão, Haddad planeja aumentar a participação da sociedade. A ideia é instalar conselhos consultivos em cada regional, com integrantes pagos e eleitos pela população. Entre as principais funções estará a fiscalização dos chefes, além da apresentação das demandas locais.
Até quem apoiou José Serra (PSDB) nas eleições será consultado para a escolha dos subprefeitos - caso de alguns pesos pesados da política da zona sul, como Goulart (PSD), Milton Leite (DEM) e Antonio Carlos Rodrigues (PR).
Mas a futura divisão não é unânime.