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Estado de Minas

Parlamentares tentam barrar leitura do relatório final da CPI do Cachoeira

Apesar das tentativas para barrar a leitura do parecer final, Odair Cunha disse que continuaria lendo para conhecimento público


postado em 28/11/2012 12:33 / atualizado em 28/11/2012 13:01

Os parlamentares não se entenderam, mais uma vez, nesta quarta-feira, sobre a leitura do relatório final da CPI do Cachoeira, que investigou o esquema de contravenção do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, instaurada a partir de uma operação realizada pela Polícia Federal que revelou ligações entre o contraventor e políticos, além de agentes públicos e empresários. Adiada por duas vezes, a leitura do parecer final do relator e deputado Odair Cunha (PT/MG) começou a ser feita nesta quarta-feira, por volta das 11 horas.Porém, precisou ser interrompida diversas vezes em função de bate-boca entre os parlamentares envolvendo a forma de aprovar o relatório - se na íntegra ou parcialmente. O parecer final está previsto para ser colocado em votação daqui a uma semana.

O relatório do deputado Odair Cunha (PT/MG) tem mais de 5 mil páginas. No entanto, o parecer final foi resumido em quase 90 páginas. Mesmo assim, por volta do meio-dia, parlamentares, discutiam se Cunha deveria continuar lendo o relatório. O deputado Miro Teixeira (PDT/RJ) argumentava que todos já conheciam o teor do relatório e que o mesmo poderia ser lido em casa por cada pralamentar. Os trabalhos da CPI tem prazo final previsto para o próximo dia 22 de dezembro.

Cunha não concordou com os argumentos para barrar o procedimento e continuou lendo o parecer final da CPI do Cachoeira. Segundo ele, seria importante que o público tomasse conhecimento, ainda que em resumo, do trabalho realizado pelos parlamentares durante a realização de 34 reuniões da CPI, para análise de documentos  e depoimentos de testemunhas e envolvidos no esquema do bicheiro. A reunião desta quarta-feira,  a 35ª, a exemplo de grande parte das demais, foi transmitida ao vivo pela TV Senado.

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A leitura do relatório final da CPI do Cachoeira foi adiada duas vezes antes de ser apresentada nesta quarta-feira. O relator e deputado Odair Cunha já revelou que vai pedir o indiciamento do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) e, também, do prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), e o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO).

Cunha também pretende pedir o indiciamento de todos os depoentes que se recusaram a falar nas audiências da CPI. Ele está convencido de que os tentáculos da organização criminosa comandadas por Cachoeira eram muito fortes no governo goiano. Apesar de reconhecer que a organização tentou entrar em outros governos estaduais, Cunha decidiu poupar os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz.

Para o relator, o esquema ilegal comandado por Cachoeira tem semelhanças com a máfia. Além do jogo do bicho, a organização criminosa teria negócios legalmente constituídos para criar condições de lavar dinheiro de origem ilegal e agiria para cooptar agentes políticos. A CPI do Cachoeira foi criada como um antídoto ao julgamento do mensalão e com a determinação de atingir os tucanos. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, chegou a gravar vídeo vinculando a CPI com a estratégia do PT de neutralizar o escândalo do primeiro mandato de Lula.

Incentivada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e criada há mais de seis meses com o apoio dos partidos da base aliada, a Comissão Parlamentar de Inquérito deverá poupar a Delta Construções, empreiteira cujos diretores estavam ligados ao esquema de fraudes em licitações do contraventor Carlos Augusto Ramos.


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