A presidente-executiva da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), Elizabeth de Carvalhaes, informou, em nota oficial, que a entidade sempre manteve contato direto com representantes dos governos federal, estaduais e municipais, seguindo os processos oficiais de agendamento de audiências com autoridades.
Relatório da Polícia Federal (PF), da Operação Porto Seguro, revela que Rosemary Nóvoa de Noronha, então chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, intermediou reuniões de autoridades públicas, dentre elas a do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, com Alípio Gusmão, conselheiro da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). O próprio ministro disse nesta quarta-feira, na Argentina, que a tentativa de envolver o nome dele com a Operação Porto Seguro era uma "'forçação' de barra". Pimentel explicou também que recebeu a Bracelpa várias vezes em seu gabinete e nunca houve intermediação de ninguém.
Na nota divulgada nesta quarta, a Bracelpa informa que a entidade representa 222 empresas produtoras de celulose e papel, instaladas em 539 municípios de 18 Estados do País. Em 2011, o faturamento dessa indústria foi de R$ 35,6 bilhões. Entre suas atividades, a Bracelpa participa de vários conselhos na esfera federal, entre eles, o Grupo de Avanço da Competitividade (GAC), coordenado pelo Ministério da Fazenda.