O ministro da Secretaria Geral da Presidência Gilberto Carvalho, afirmou que o combate à corrupção continua sendo prioridade no País e que o governo Dilma Rousseff não hesitará em "cortar na carne" para punir os envolvidos em malfeitos. "Cortaremos na carne, doa a quem doer. Sempre foi assim, desde o governo Lula e continua sendo", garantiu o ministro.
Segundo Carvalho, a atuação firme da Polícia Federal, do Ministério Público e da Controladoria Geral da União (CGU) que resultam em condenações na Justiça, pode parecer que há mais corrupção. Mas o que há, na verdade, segundo o ministro, é autonomia e independência das instituições e fiscalização e controle. "A PF que é hoje cantada em prosa e verso por sua independência só passou a ser independente no governo do presidente Lula e continua assim no governo da presidente Dilma, cortando na nossa própria carne, quando necessário", disse ele.
"A CGU nunca teve liberdade para agir como tem agora, portanto a impressão de que há mais corrupção agora não é real", ressaltou. O que há agora, segundo o ministro "é que as coisas não estão mais debaixo do tapete". "A PF e os órgãos todos de vigilância e fiscalização estão autorizados e com plena liberdade para agir. Não é uma autonomia que nasceu do nada, porque antes não havia essa autonomia. No governo FHC não havia autonomia. Agora há".
Referindo-se às punições de dirigentes do governo por envolvimento em atos de corrupção, Carvalho disse que "tudo isso é saudável, mesmo quando cortam na nossa carne". "É o resultado do avanço da democracia", disse Carvalho, ao chegar nesta segunda-feira para o seminário "Desafios da Construção de Democracia no Mercosul", promovido pelo governo brasileiro e por organizações sociais.