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Estado de Minas

PSD atira para todos os lados na busca de cargos no governo

Insatisfeito, partido cobra cargos tanto no governo Dilma quanto no de Anastasia, mas não antecipa apoio para 2014


postado em 04/12/2012 00:12 / atualizado em 04/12/2012 07:05

Leonardo Augusto


Depois de pressionar por cargos no governo federal petista, o PSD ataca agora a administração tucana de Minas Gerais. O partido não está satisfeito com as secretarias que ocupa no governo do estado e quer cargos com mais “qualidade” na administração de Antonio Anastasia (PSDB). Segundo o presidente estadual do partido, Paulo Safady Simão, a demanda será levada ao tucano ainda neste mês. “Temos uma bancada de oito deputados estaduais e seis federais. É uma dimensão extremamente importante. Não vou dizer em número de secretarias, mas de qualidade de secretarias. É algo que vai depender mais do governador”, disse.

O partido tem duas secretarias no governo de Minas: Desenvolvimento Social, com Cássio Soares, e Extraordinária de Gestão Metropolitana, com Alexandre Silveira. Mesmo sem ter a certeza de que Anastasia vai atender sua demanda, Safady garantiu que a legenda permanecerá na base do governador. Por outro lado, o presidente disse que o partido não tem data para definir se permanecerá alinhado ao Palácio da Liberdade nas eleições de 2014. “Não vamos definir tão cedo”, afirmou.

O mesmo raciocínio vale para o comportamento da legenda no governo federal. “Vamos caminhar com a presidente Dilma Rousseff também sem qualquer compromisso com 2014”, disse. Conforme Safady, uma reunião que acontecerá entre Dilma e o comando nacional do partido no fim de janeiro deverá decidir o destino do presidente da legenda, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Dilma já ofereceu uma pasta a Kassab, que seria a das Pequenas e Microempresas, ainda a ser criada. “Mas o temor dele é assumir o cargo em janeiro e ter que sair em dezembro, por causa de seus planos políticos”, argumentou Safady. “A sua contribuição seria pequena.” Conforme o presidente estadual do PSD, o prefeito de São Paulo vai se candidatar ao governo do estado ou ao Senado, e teria que deixar o cargo. O prazo pela legislação eleitoral é de seis meses antes do pleito. “A presidente, no entanto, deve pedir para antecipar a saída e ter mais tempo de organizar o governo”, disse Safady.

O presidente do PSD afirma que o partido, seja em relação a Anastasia ou a Dilma, não vai repetir o erro cometido nas eleições em Belo Horizonte. Parte da legenda pressionava por apoio ao prefeito Marcio Lacerda (PSB), ao mesmo tempo em que outra ala queria aderir à campanha de Patrus Ananias (PT). O resultado foi uma intensa disputa judicial. O partido pretende, ao longo de 2013, unificar o posicionamento de seus filiados.

CARTILHA O PSD realizou ontem, em Belo Horizonte, a primeira reunião com prefeitos eleitos pelo partido em outubro. Foram repassadas orientações sobre como governar. O material, reunido em cartilha, foi produzido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), entidade presidida por Safady. Entre as recomendações estão ouvir o cidadão e identificar a vocação da cidade. O partido venceu as eleições para prefeito em 28 cidades.

Líder definido

Com a presença de deputados federais, estaduais e vereadores, a Executiva Estadual do PMDB se reuniu na manhã de ontem para discutir os passos da legenda até 2014 e detalhes da convenção estadual, que ficou marcada para o dia 13. Ficou decidido que os peemedebistas mineiros apoiarão a indicação do deputado federal Saraiva Felipe para líder do partido na Câmara. A definição, que só sairá em fevereiro, tem outros 12 nomes de outros estados. A eleição para o governo do estado também entrou na pauta de discussões, mas, segundo o presidente do PMDB em Minas, deputado federal Antônio Andrade, o tema será priorizado quando a disputa estiver mais próxima.


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