Alice Maciel
Além da pressão externa de 18 partidos por cargos no Executivo da capital mineira, o prefeito reeleito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, terá de agradar a sua sigla, o PSB, que quer as principais secretarias. Segundo o presidente do diretório municipal, João Marcos Lobo, o PSB vai reivindicar um espaço coerente com o tamanho da sua bancada eleita na Câmara Municipal de seis vereadores e com a importância que teve na campanha. Os socialistas também deliberaram, durante reunião da bancada com a direção na semana passada, que vão lançar um candidato à Presidência do Legislativo da capital.
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Lacerda cancela prova e teste psicológico para indicados aos cargos no governoVereadores novatos fazem pedidos ao prefeito Marcio LacerdaLacerda pede desculpas à população e anuncia sirene contra os efeitos da chuvaNa Assembleia, deputados ironizam Marcio Lacerda com uniforme de babáAliados do prefeito Marcio Lacerda brigam pela presidência da CâmaraSecretariado do novo mandato de Lacerda está indefinidoCâmara Municipal aprova projeto para criação de mais uma secretária para a PBHLacerda rejeita políticos para comandar Copa em BHAs reivindicações do PSB deixam o prefeito em uma saia justa. Isso porque o PSDB, o PV e o PDT que fizeram parte da coligação que o apoiou na reeleição, em outubro, também querem cargos no primeiro escalão.
Justificativas
Articulações para a Presidência da Câmara e pressão por cargos no Executivo são fatores apontados pelos parlamentares para justificar a queda do quórum na sessão de ontem – apesar de 31 parlamentares terem marcado presença. Isso porque, na avaliação deles, a votação das propostas mais relevantes logo no início do mês acarretaria na desmobilização dos vereadores. Entre os projetos importantes, que eles têm que votar antes de encerrar o ano está o Orçamento de 2013 da prefeitura, que entra na pauta hoje.
O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Léo Burguês (PSDB), está tentando um acordo na Casa para protocolar ainda esta semana o projeto que prevê o reajuste salarial dos vereadores, do prefeito, vice-prefeito, secretários e secretários-adjuntos. Os que que não foram reeleitos estão resistentes.
Durante o pinga-fogo nessa segunda-feira, o vereador Arnaldo Godoy (PT) chegou a questionar o fato de Marcio Lacerda ter desistido de aplicar provas e teste psicológico para indicados aos cargos no governo como fez no seu primeiro mandato, conforme publicou o Estado de Minas na segunda-feira. “Será que as pessoas indicadas não têm qualificação para fazer teste?”, cutucou o petista. A sessão foi marcada também pela despedida do vereador Cabo Júlio (PMDB), que assume uma cadeira na Assembleia de Minas.
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