O superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Roberto Troncon Filho, afirmou nesta terça-feira na Câmara dos Deputados que não havia "justa causa" e "motivação plausível" para quebrar o sigilo telefônico de Rosemary Nóvoa de Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo. Ela foi investigada pela Operação Porto Seguro, da PF, deflagrada no dia 23 de novembro com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que se infiltrou em diversos órgãos federais para a obtenção de pareceres técnicos fraudulentos com o fim de beneficiar interesses privados.
Ele disse ser "amigo pessoal há 17 anos" do diretor-geral da instituição, Leandro Daiello Coimbra. "O que eu posso dizer sobre isso é que há uma tremenda desinformação", afirmou. O delegado disse ainda que considera o modelo de investigação criminal "um dos mais garantistas do mundo". Segundo ele, cada um tem seu papel: a polícia investiga, o Ministério Público fiscaliza e o juiz decide sobre as garantias individuais dos investigados.