As bancadas do PSDB e do DEM iniciam nesta terça-feira a coleta de assinaturas para criar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) encarregada de aprofundar as investigações sobre o esquema de venda de pareceres técnicos em órgãos públicos.
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Cardozo diz que Operação Porto Seguro ocorreu graças à autonomia da PFPF não violou normas na Operação Porto Seguro, diz ministro da Justiça a deputadosMinistro da Justiça vai a Câmara hoje para explicar Operação Porto SeguroO líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), lembra que a Polícia Federal não quebrou o sigilo telefônico de Rosemary, ao contrário do que ocorreu com os demais envolvidos. "A intercepção telefônica é um ritual de qualquer investigação policial e os telefones de uma peça essencial da quadrilha (Rosemary) não foram interceptados", critica. "É um peso e duas medidas", sustenta, ao explicar os motivos de criação da CPI.
O senador afirma que é notória a relação de Rosemary com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ela foi nomeada por ele, mantida no cargo por ele, ele foi seu advogado para que se mantivesse no cargo no governo Dilma, e todas as investigações da Polícia Federal demonstram existir uma proximidade íntima do ex-presidente com a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo".
Alvaro Dias reitera as dificuldades em conduzir uma CPI contra a maioria de senadores aliados do governo. "Nós não criamos falsas expectativas, sabemos que não temos o número suficiente de assinaturas e que dependemos dos governistas", explica. Lembra, no caso, que PSDB e DEM possuem apenas 14 senadores, mais o apoio do senador do PSOL Randolfe Rodrigues (AP). Ficam faltando 12 assinaturas para se atingir o mínimo necessário de 27 apoiadores para criar a comissão.
O líder tucano reforça que, na pior das hipóteses, o requerimento da CPI da Rosemary vai mostrar à população brasileira quem no Senado compactua com o esquema e quem é contrário..